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Cada novo amigo que ganhamos no decorrer da vida aperfeiçoa-nos e enriquece-nos, não tanto pelo que nos dá, mas pelo que nos revela de nós mesmos.



(Miguel Unamuno)







Jesus, Mestre e Amigo Ensina-nos a AMAR!...

quarta-feira, 22 de junho de 2011

O Submundo das Drogas - Drogas e Responsabilidade

Diante de todas as evidências precisamos assumir outra posição diante do consumo de drogas. São nossos filhos, netos, irmãos, sobrinhos, que enveredam para esta viagem sem volta.

Essa semana tive oportunidade de conversar com uma senhora (eu não a conhecia) que falava do seu filho de apenas 17 anos envolvido no mundo das drogas. Maconha, crack, cocaína, qualquer uma que lhe chegue ás mãos, é por ele consumida. Ela dizia fazer tudo pelo filho: boa alimentação, zelar pela saúde, do mesmo, e se preocupa em atender a toda solicitação monetária, para que ele não se envolvesse em roubos (o que já fez e ela conseguiu tira-lo da cadeia). Infelizmente esta mãe, no auge do seu “zelo” pelo filho, o auxilia na permanência do vício. E eu disse-lhe exatamente isto. O problema maior é que ele não quer deixar o vício, o que dificulta mais ainda um tratamento. Ela com lágrimas nos olhos disse apenas que orava muito e tinha fé em Jesus que ele iria sair dessa. Procurei confortá-la mostrando-lhe a necessidade de diálogo com esse jovem, estimulá-lo na busca de um tratamento, e orar a Jesus sim, a prece é sempre um grande antídoto para as nossas dores, mas que temos o livre arbítrio, e que colhemos aquilo que plantamos, e isso também compete a esse jovem. Que buscasse na fé a força para enfrentar esse anticristo que é a droga, mas a trajetória terá que ser feita pelo jovem, a ela cabe o apoio repleto de amor.

Como esta mãe, muitas caminham num vale de lágrimas, esperançosas de um “milagre”, e se acomodam a uma situação por falta de quem as auxiliem até mesmo com orientações, dos caminhos a seguir nessa estrada tão dolorosa. Quantas vêem o esperado “milagre” transformado num corpo perfurado de balas numa esquina qualquer... 

Que Deus fortaleça esses corações para que tenham a força necessária de superar tão difícil prova, e que cada um de faça a sua parte no auxílio a cada jovem (cuidando pelo menos do seu) dando amor, assistência, carinho, mantendo diálogo aberto, cuidando do seu filho, para que o traficante não o adote.

Paz!

Jane Maria.

 TELEFONE PARA DENÚNCIA DO TRÁFICO DE DROGAS
A policia militar atende no tel. 190, que no Brasil é universal para todos os serviços de emergência e policiais. Porém alguns estados possuem o Disque denuncia, onde você pode fazer qualquer denuncia, informando locais, nomes, horários e que tipo de crime é praticado ali; e não precisa se identificar, apenas relatar a denuncia. Caso sua cidade não disponha desse serviço a denuncia deve ser feita diretamente no tel. 190 (e você dirá que quer fazer uma denuncia e não quer se identificar), é interessante que se for fazer a denuncia ao 190, você utilize um celular privado ou orelhão, tendo em vista que a maioria destes telefones 190 tem bina (para prevenção de trotes).
De qualquer forma sua identidade será preservada e você poderá fazer a denuncia com toda segurança, sem precisar se deslocar até a delegacia.

Drogas e responsabilidade

O primeiro fator chama-se educação. É o fator mais importante e o mais ignorado. Não se trata daquele blá blá bla todo em torno das terríveis conseqüências do uso das drogas ou dos perigos químicos das mesmas. Trata-se simplesmente da educação baseada na idéia de responsabilidade.

O que existe de mais fundamental na vida humana é o princípio de autoria. Eu sou autor de meus próprios atos e não posso fugir das conseqüências deles. O sujeito que cometeu a ação é, fatalmente, o mesmo que sofrerá suas conseqüências. Afirmar o contrário é cair na esquizofrenia.

Se a educação ajuda a tornar o jovem consciente de que cada um de seus atos tem implicações para ele e para as pessoas que o ato envolve, sua vida adquire, a seus olhos, uma consistência muito maior. Ele vê a realidade com olhos mais abertos, mais plenos. Se ele se sente responsável pela própria manutenção (não falo num sentido econômico, mas num sentido existencial), suas preocupações estarão voltadas para coisas mais elevadas, mais importantes do que um prazer momentâneo que terá conseqüências destruidoras.

Uma cultura, como a nossa, que não enfatiza a responsabilidade individual, que cria culpados abstratos para eximir o indivíduo de toda a culpa, só pode mesmo dar margem a problemas psicológicos sérios. Ora, o culpado por cada uma de minhas ações não é o inconsciente, não é a classe social, não é o maldito capitalismo, não é o meio social, não é a estrutura da linguagem, não é o complexo de Édipo; o culpado sou eu.

Todos esses fatores citados existem, mas a instância decisiva é o ego. Quem diz sim ou não sou eu. Quem escolhe o papel que vai representar sou eu.

Qualquer tipo de educação que não destaque isso está fadado ao fracasso.

Qualquer campanha de prevenção às drogas que esqueça esse fato estará proferindo palavras vazias para um auditório surdo.

Compreendido esse fator de responsabilidade pessoal, podemos derivar os outros principais fatores que afastam os jovens das drogas. Entenda-se bem: sem esse primeiro, nada se faz.

A partir daí, podemos arrolar outros, como uma sólida formação religiosa, a atenção aos estudos, a dedicação ao trabalho, a satisfação na vida pessoal, a estabilidade do lar. Não conheço um caso sequer de pessoas que vivam em alguma dessas condições e se deixem levar pelas drogas.

Se, porém, repetimos o discurso da irresponsabilidade, se colocamos o prazer acima das outras instâncias, se acreditamos na idéia de que erros não devem ser punidos, se, sob o pretexto de aumentar a liberdade, defendemos a liberação das drogas, então estaremos agravando um problema e criando uma juventude verdadeiramente transviada. Estaremos abolindo da juventude a idéia de que existem princípios sólidos a serem seguidos e caindo na armadilha do relativismo e do imoralismo.

Os jovens, em geral, têm plena consciência disso. Estão cheios de planos para o futuro e não querem ver suas vidas destruídas por atos inconseqüentes. Tudo o que peço a educadores é que não destruam neles esse senso de responsabilidade. Que não abafem a voz da juventude verdadeira, sob o pretexto de fazer um discurso progressista. Porque o que está em jogo são vidas humanas. E brincar com vidas humanas para defender teorias ou lutar contra o conservadorismo é no mínimo desprezível...

 A pergunta, então, não é "o que leva um jovem à droga?", mas sim "o que possibilita que um jovem não se drogue?"

As Drogas e Suas Implicações Espirituais

Um dos problemas mais graves da sociedade humana, na atualidade, é o consumo indiscriminado, e cada vez mais crescente, das drogas, por parte não só dos adultos, mas também dos jovens e, lamentavelmente, até das crianças, principalmente nos centros urbanos das grandes cidades.

A situação é tão preocupante, que cientistas de várias partes do Planeta, reunidos, chegaram à seguinte conclusão: "Os viciados em drogas de hoje podem não só estar pondo em risco seu próprio corpo e sua mente, mas fazendo uma espécie de roleta genética, ao projetar sombras sobre os seus filhos e netos ainda não nascidos."

Diante de tal flagelo e de suas terríveis conseqüências, não poderia o Espiritismo, Doutrina comprometida com o crescimento integral da criatura humana na sua dimensão espírito-matéria, deixar de se associar àqueles segmentos da sociedade que trabalham pela preservação da vida e dos seus ideais superiores, em seus esforços de erradicação de tão terrível ameaça.

O efeito destruidor das drogas é tão intenso que extrapola os limites do organismo físico da criatura humana, alcançando e comprometendo, substancialmente, o equilíbrio e a própria saúde do seu corpo perispiritual. Tal situação, somada àquelas de natureza fisiológica, psíquica e espiritual, principalmente as relacionadas com as vinculações a entidades desencarnadas em desalinho, respondem, indubitavelmente, pelos sofrimentos, enfermidades e desajustes emocionais e sociais a que vemos submetidos os viciados em drogas.

Em instantes tão preocupantes da caminhada evolutiva do ser humano em nosso planeta, cabe a nós, espíritas, não só difundir as informações antidrogas que nos chegam do plano espiritual benfeitor que nos assiste, mas, acima de tudo, atender aos apelos velados que esses amigos espirituais nos enviam com seus informes e relatos contrários ao uso indiscriminado das drogas, no sentido de envidarmos esforços mais concentrados e específicos no combate às drogas, quer no seu aspecto preventivo, quer no de assistência aos já atingidos pelo mal.

A Ação das Drogas no Perispírito

A agressão das drogas ao sangue e às células neuronais também refletirá nas regiões correlatas do corpo perispiritual, em forma de lesões e deformações consideráveis que, em alguns casos, podem chegar até a comprometer a própria aparência humana do perispírito. Tal violência concorre até mesmo para o surgimento de um acentuado desequilíbrio do Espírito, uma vez que "o perispírito funciona, em relação a esse, como uma espécie de filtro na dosagem e adaptação das energias espirituais junto ao corpo físico e vice-versa.

Por vezes o consumo das drogas se faz tão excessivo, que as energias, oriundas do perispírito para o corpo físico, são bloqueadas no seu curso e retornam aos centros de força.

A Ação dos Espíritos Inferiores Junto ao Viciado

Sabemos que, após a desencarnação, o Espírito guarda por certo tempo, que pode ser longo ou curto, seus condicionamentos, tendências e vícios de encarnado. O Espírito de um viciado em drogas, por exemplo, em face do estado de dependência a que ainda se acha submetido, no outro lado da vida, sente o desejo e a necessidade de consumir a droga. Somente a forma de satisfazer seu desejo é que varia, já que a condição de desencarnado não lhe permite proceder como quando na carne. Como Espírito precisará vincular-se à mente de um viciado, de início, para transmitir-lhe seus anseios de consumo da droga, posteriormente, para saciar sua necessidade, valendo-se para tal do recurso da vampirização das emanações tóxicas impregnadas no perispírito do viciado, ou da inalação dessas mesmas emanações quando a droga estiver sendo consumida.

"O Espírito de um viciado em drogas, em face do estado de dependência a que se acha submetido, no outro lado da vida, sente o desejo e a necessidade de consumir a droga."

Essa sobrecarga mental, indevida, afeta tão seriamente o cérebro, a ponto de ter suas funções alteradas, com conseqüente queda no rendimento físico, intelectual e emocional do viciado. Segundo Emmanuel, "o viciado, ao alimentar o vício dessas entidades que a ele se apegam, para usufruir das mesmas inalações inebriantes, através de um processo de simbiose em níveis vibratórios, coleta em seu prejuízo as impregnações fluídicas maléficas daquelas, tornando-se enfermiço, triste, grosseiro, infeliz, preso à vontade de entidades inferiores, sem o domínio da consciência dos seus verdadeiros desejos".

Com certeza, essa contribuição poderia ocorrer através de medidas que, no dia-a-dia da Instituição, ensejassem:
  1. Um incentivo cada vez mais constante às atividades de evangelização da infância e da juventude, principalmente com sua implantação, caso a Instituição ainda não tenha implantado.
  2. Estimular seus freqüentadores, em particular a família do viciado em tratamento, à prática do Evangelho no Lar. Essas pequenas reuniões, quando realizadas com o devido envolvimento e sinceridade de propósitos, são fontes sublimes de socorro às entidades sofredoras, além, naturalmente, de concorrer para o estreitamento dos laços afetivos familiares, o que decerto estimulará o viciado, por exemplo, a perseverar no seu propósito de libertar-se das drogas ou a dar o primeiro passo nesse sentido.
  3. Preparar devidamente seu corpo mediúnico para o sublime exercício da mediunidade com Jesus, condição essencial ao socorro às vítimas das drogas, até mesmos as desencarnadas.
  4. No diálogo fraterno com o viciado e seus familiares, sejam-lhes colocados à disposição os recursos socorristas do tratamento espiritual: passe, desobsessão, água fluidificada e reforma íntima.
  5. Criar, no trabalho assistencial da Casa, uma atividade que enseje o diálogo, a orientação, o acompanhamento e o esclarecimento, como fundamentação doutrinária, ao viciado e a seus familiares.
- Conclusão

Diante dos fatos e dos acontecimentos que estão a envolver a criatura humana, enredada no vício das drogas, geradoras de tantas misérias morais, sociais, suicídios e loucuras, nós, espíritas, não podemos deixar de considerar essa realidade, nem tampouco deixar de concorrer para a erradicação desse terrível flagelo que hoje assola a Humanidade. Nesse sentido, urge que intensifiquemos e aprimoremos cada vez mais as ações de ordem preventiva e terapêutica, já em curso em nossas Instituições, e que, também, criemos outros mecanismos de ação mais específicos nesse campo, sempre em sintonia com os ensinamentos do Espiritismo e seu propósito de bem concorrer para a ascensão espiritual da criatura humana às faixas superiores da vida.

Prazeres momentâneos e ilusórios como as drogas, além de destruírem e contaminarem nosso organismo físico e perispiritual prejudica a evolução dos seres, afastando a criatura do seu Criador. E não podemos nos olvidar ainda dos gravíssimos processos obsessivos que são instalados quando do consumo de drogas.

As drogas constituem um dos maiores flagelos da humanidade. Destroem abusivamente todo o organismo físico e espiritual de um indivíduo. Disseminam relacionamentos e famílias. Causam dor e sofrimento a inúmeras pessoas e afastam o espírito de seu objetivo encarnatório.

Elucidar mentes, eis o remédio. Lutemos como verdadeiros irmãos em Cristo para o combate às drogas. Esclarecendo jovens e crianças, a começar pela nossa família, estaremos contribuindo para erradicar essa problemática do convívio social. O mais forte deve trabalhar pelo mais fraco e, na falta da família, a sociedade deve tomar-lhe o lugar. Esta é a verdadeira lei da caridade.

Como bem explica o Livro dos Espíritos, “há um elemento que comumente, não entra na balança e sem o qual a ciência econômica não é mais que uma teoria: a educação. Não a educação intelectual, mas a educação moral, e não, ainda, a educação moral pelos livros, mas aquela que consiste na arte de formar os caracteres, a que dá os hábitos, porque a educação é o conjunto de hábitos adquiridos. Quando se pensa na massa de indivíduos jogados cada dia na torrente da população, sem princípios, sem freios e entregues aos seus próprios instintos, deve-se espantar das conseqüências desastrosas que resultam? Quando essa arte for conhecida, cumprida e praticada, o homem ocasionará no mundo hábitos de ordem e de previdência para si mesmo e os seus, de respeito por tudo o que é respeitável, hábitos que lhe permitirão atravessar, menos penosamente, os maus dias inevitáveis. A desordem e a imprevidência são duas chagas que só uma educação bem entendida pode curar. Esse é o ponto de partida, o elemento real do bem-estar, a garantia da segurança de todos” (comentários à questão 685).





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