email: janemaria2006@yahoo.com.br







Cada novo amigo que ganhamos no decorrer da vida aperfeiçoa-nos e enriquece-nos, não tanto pelo que nos dá, mas pelo que nos revela de nós mesmos.



(Miguel Unamuno)







Jesus, Mestre e Amigo Ensina-nos a AMAR!...

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Doação de Órgãos

No dia 27 de setembro é comemorado o Dia Nacional do Doador  


Este trabalho visa esclarecer a sociedade sobre a Doação de Órgãos.

Doar órgãos é um gesto de amor.
"Amor – É o gesto que dá não o grito que pede".


Palavras de Jesus: Ama ao teu próximo como a ti mesmo – ou seja: Faz ao outro aquilo que queres que te façam.

Reflita: “Se fosse você, seu filho, sua mãe que precisasse de um órgão para continuar a viver, você gostaria que alguém lhe doasse o órgão salvador”?
Pense nisso!
 Jane Maria


A Importância da Doação de Órgãos
Para compreendermos a importância da doação de órgãos nada melhor do que saber a opinião de quem já se envolveu num processo de doação:

- Depoimentos:

Da família do doador
   Doação de Amor 

A perda de um filho é um processo antinatural no percurso da vida de uma mãe. Mas, apesar do grande sofrimento, percebo o tão grande amor que meu filho plantou e os sentimentos de carinho e amizade sentidos por todos nós familiares nesses dias. Davi, em seus 18 anos, foi um menino doador por natureza, como sentimos nos gestos de profundo carinho dos amigos, familiares e pessoas queridas às quais ele próprio conquistou e adotou.

Porém, preciso testemunhar que a doação de órgãos foi uma decisão profundamente acalentadora e necessária para um momento tão sofrido e trágico como esse. Passa a ser uma continuidade de um sentimento de amizade, fraternidade e amor.

O que conforta ou ameniza a dor não é saber que o meu filho continua vivo em cada receptor, mas sim o sentimento sublime de que, por meio da doação de seus órgãos, possa aliviar o sofrimento de pessoas condenadas a morte ou a limitações de vida, sofrimento de dor que se assemelha ao meu nesse momento, meu filho continua inteiro dentro de mim e de todos que o amaram.
Minha família é de paz! É dela que vem a força e o equilíbrio necessários para darmos continuidade a vida e permanecer viva a memória do meu filho.
Valéria Hora Barros Maceió/Al
Fonte: Gazeta de Alagoas, Espaço do Leitor, 03-07-2005

- Depoimento de um Transplantado

O senhor Wilton da Silva realizou o transplante há cinco anos e leva uma vida normal e fala das expectativas quando se está na máquina de hemodiálise e da alegria ao saber que chegou um dos dias mais esperados quando se encontra um doador de órgãos. “Quando estamos na máquina de hemodiálise achamos que é o fim, que a história termina ali. Eu mesmo havia perdido a esperança de ver meu filho, que na época tinha 2 anos, crescer. Quando soube que havia um doador não acreditei que a minha luta na máquina de hemodiálise ia acabar.”
Wilton recebeu um rim de um doador de 15 anos que teve morte encefálica após um acidente. “Eu lamentei o acidente que vitimou o jovem, mas foi uma bênção para eu ter encontrado uma família que soube fazer o que era certo, e com isso, salvou a minha vida. Eles tomaram uma decisão muito difícil e louvável. Até hoje eu peço proteção a Deus para eles, porque a vida de quem precisa de um transplante está nas mãos dos doadores. A minha vida estava nas mãos daquela família, e eles, ao autorizarem a captação dos órgãos, me devolveram ela. Hoje eu posso dizer que renasci. Mudei até a data do meu aniversário e passei a comemorar no dia em que fiz o transplante” finaliza emocionado.
Wilton da Silva
Transplantado de rins
Fonte: Primeira Edição, Cidade, julho de 2007

- Depoimento do Receptor de Órgãos

A receptora de rim senhora Leydjane Ferreira,
está na lista única esperando uma doação há dois anos. Faz diálise três vezes na semana, quatro horas por dia e afirma que sair da máquina de hemodiálise é o seu maior sonho e afirma que para realizá-lo vai depender “da sensibilidade da família ao ato de doar, pois aquele órgão doado vai trazer uma nova vida para pessoas como eu que estou esperando ansiosamente por um rim, enfim contamos com a solidariedade do povo•”.
Leydjane Ferreira
Receptora de rim.  Faz hemodiálise no Hospital da Santa Casa


Doação de Órgãos

Doar órgãos é um ato de amor e solidariedade. Quando bem sucedido, uma vida é salva e, com ela, resgata-se também a saúde física e psicológica de toda a família envolvida com o paciente transplantado.
A doação de órgãos no Brasil conta com o maior sistema público organizado do mundo para a captação e transplantes de órgãos e tecido. Temos, por outro lado, a maior fila de espera: dois anos para o transplante de fígado, e quatro para rim.
De 20 a 30% dos 16 mil pacientes que esperam a realização do transplante morrem na fila esperando por uma doação. Alguns mitos precisam ser derrubados para que esta prática atinja o nível de países bem sucedidos nesta luta.
É preciso esclarecer as pessoas sobre as implicações e os procedimentos da doação. Os médicos recebem autorização para a captação de órgãos e tecidos quando a morte encefálica (ou cerebral) é declarada e confirmada por dois exames clínicos e um exame de imagem. O processo de doação de órgãos dura, em média, 24 horas, e o corpo então é liberado para os trâmites do enterro.
Existe todo um cuidado com a estética do corpo, para que possa ser velado isento de quaisquer indícios da remoção dos órgãos. A maioria dos transplantes é feita pelo SUS, mas a maioria dos planos de saúde cobre todo esse processo, o que quase sempre é desconhecido pelos segurados. Embora o Brasil tenha uma política bem definida para transplantes, o número de doadores ainda é considerado baixo. Houve um crescimento em 2008; depois de dois anos de queda e um ano de estagnação em 2007, passamos de 5,4 doadores por milhão de população (pmp) para os atuais 7,2 pmp.
No dia 27 de setembro é comemorado o Dia Nacional do Doador. As campanhas de conscientização da população para a doação de órgãos e tecidos são desenvolvidas pela Secretaria Municipal de Saúde, em conjunto com outros órgãos do Poder Executivo, podendo também contar com a colaboração de instituições públicas da esfera estadual e federal e de entidades não-governamentais. A conscientização é a única ferramenta para uma realidade mais humana e eficiente. Quando se tratando de doação, quanto mais a população se informar sobre a importância de se tornar um doador, menos angustiante será a fila de espera por órgãos
POR QUE DOAR?
A carência de doadores de órgãos é ainda um grande obstáculo para a efetivação de transplantes no Brasil. Mesmo nos casos em que o órgão pode ser obtido de um doador vivo, a quantidade de transplantes é pequena diante da demanda de pacientes que esperam pela cirurgia. A falta de informação e o preconceito também acabam limitando o número de doações obtidas de pacientes com morte cerebral. Com a conscientização efetiva da população, o número de doações pode aumentar de forma significativa. Para muitos pacientes, o transplante de órgãos é a única forma de salvar suas vidas.

COMO FUNCIONA O SISTEMA DE CAPTAÇÃO DE ÓRGÃOS?
Passo a passo:
Passo 1: identificação do potencial doador
Um doador em potencial é um paciente com morte encefálica, internado em hospital sob cuidados intensivos. Por algum tempo, suas condições de circulação sangüínea e de respiração poderão ser mantidas por meios artificiais. Nesse período, é informada à família a possibilidade de doação dos órgãos. Caso a família concorde com a doação, viabiliza-se a remoção dos órgãos depois que o diagnóstico de morte encefálica se confirmar. A notificação deste diagnóstico é OBRIGATÓRIA POR LEI.

O diagnóstico de morte encefálica passa por algumas etapas: o primeiro passo é o diagnóstico clínico, que deve ser repetido após seis horas de observação, sendo pelo menos uma destas avaliações realizada por médico neurologista. Em seguida, deve ser documentado através de um exame complementar: eletro encefalograma, angiografia cerebral, entre outros. Cabe ressaltar que nenhum dos médicos responsáveis pelo diagnóstico de morte encefálica pode fazer parte de equipe que realiza transplante.

Passo 2: notificação
O hospital notifica a Central de Transplantes sobre um paciente com suspeita de morte encefálica (potencial doador). No Estado de São Paulo a captação se faz de forma regionalizada - a Central de Transplantes repassa a notificação para uma OPO (Organização de Procura de Órgão) que cobre a região do hospital notificador.

Passo 3: avaliação
A OPO se dirige ao Hospital e avalia o doador com base na sua história clínica, antecedentes médicos e exames laboratoriais. Avalia-se a viabilidade dos órgãos, bem como a sorologia para afastar doenças infecciosas e teste de compatibilidade com prováveis receptores. A família é abordada sobre a doação e também pode autorizar a remoção do paciente para o hospital da OPO, que muitas vezes tem mais condições para uma melhor manutenção.

Passo 4: informação do doador efetivo
A OPO informa a Central de Transplantes quando o doador já tem toda a sua avaliação completada e o mesmo é viável. São passadas todas as informações colhidas, resultados de exames, peso, altura, medicações em uso, condições hemodinâmicas atuais, bem como local e hora marcada para a extração dos órgãos.

Passo 5: seleção dos receptores
Todo paciente que precisa de transplante é inscrito na Lista Única de Receptores do Sistema Nacional de Transplantes do Ministério da Saúde (cuja ordem é seguida com rigor, sob supervisão do Ministério Público), por uma equipe responsável pelo procedimento do transplante. A partir desse cadastro, a Central de Transplantes emite uma lista de receptores inscritos, compatíveis para o doador; no caso dos rins deve-se fazer ainda uma nova seleção por compatibilidade imunológica ou histológica.

Passo 6: identificação das equipes transplantadoras
A Central de Transplantes informa a equipe de transplante (aquela equipe específica que inscreveu o paciente na Lista Única de Receptores do Sistema Nacional de Transplantes do Ministério da Saúde - controlada pelo Ministério Publico) sobre a existência do doador e qual paciente receptor foi nomeado. Cabe à equipe decidir sobre a utilização ou não deste órgão, uma vez que é o médico o conhecedor do estado atual e condições clínicas de seu paciente

Passo 7: os órgãos
As equipes fazem a extração no hospital (OPO) onde se encontra o doador, em centro cirúrgico, respeitando todas as técnicas de assepsia e preservação dos órgãos. Terminado o procedimento, as equipes se dirigem para seus hospitais de origem para procederem à transplantação

Passo 8: liberação do corpo
Restrições Legais
Pode ser doador em vida toda pessoa que tiver parentesco consangüíneo de até quarto grau com o indivíduo que receberá o órgão transplantado. Isso significa pais, irmãos, filhos, avós, tios e primos. Além desses casos, cônjuges podem fazer doações e toda pessoa que apresentar autorização judicial. Essa autorização é dispensada no caso de transplante de medula óssea. A doação por menores de idade é permitida somente com autorização de ambos os pais ou responsáveis. Pessoas não identificadas e deficientes mentais não podem ser doadores.

 Restrições de Idade: Em geral, o doador deve ter até 60 anos. Para o caso de transplante de fígado, a idade do doador pode chegar até 80.


Restrições de Saúde
O doador precisa fazer exames de HIV e de hepatites B e C. Deve fazer também provas de função hepática, de função renal e de função pulmonar
QUAIS ÓRGÃOS PODEM SER DOADOS?


De doador vivo
Rim: por ser um órgão duplo, pode ser doado em vida. Doa-se um dos rins, e tanto o doador quanto o transplantado pode levar uma vida perfeitamente normal

 Medula óssea: pode ser obtida por meio da aspiração óssea direta ou pela coleta de sangue.

 Parte do fígado ou do pulmão: podem ser doados

De doador com morte encefálica

Órgãos: coração, pulmões, fígado, rins, pâncreas e intestino.

Tecidos: córneas, partes da pele não visíveis, ossos, tendões e veias

QUEM PODE SE BENEFICIAR DE UM TRANSPLANTE?

Principais indicações

Coração: portadores de cardiomiopatia grave de diferentes etiologias (Doença de Chagas, isquêmica, reumática, idiopática, miocardites);
Pulmão: Portadores de doenças pulmonares crônicas por fibrose ou enfisema
Fígado: Portadores de cirrose hepática por hepatite; álcool ou outras causas
Rim: Portadores de insuficiência renal crônica por nefrite, hipertensão, diabetes e outras doenças renais
Pâncreas: Diabéticos que tomam insulina (diabetes tipol) em geral, quando estão com doença renal associada
Córneas: Portadores de ceratocone, ceratopatia bolhosa, infecção ou trauma de córnea
Medula óssea: Portadores de leucemia, linfoma e aplasia de medula
Osso: Pacientes com perda óssea por certos tumores ósseos ou trauma
Pele: Pacientes com grandes queimaduras

DÚVIDAS MAIS FREQÜENTES

1) Quem é o potencial doador não vivo?
São pacientes em UTI (Unidade de Terapia Intensiva) com morte encefálica, geralmente vítimas de traumatismo craniano ou AVC (derrame cerebral). A retirada dos órgãos é realizada em centro cirúrgico, como qualquer outra cirurgia. Após uma série de exames que excluam doenças transmissíveis, a família será consultada sobre seu desejo pela doação de órgãos. Somente com a autorização dos familiares o paciente será um doador de órgãos.

2) Como é feito o diagnóstico de morte encefálica?

O diagnóstico de morte encefálica passa por algumas etapas: o primeiro passo é o diagnóstico clínico, que deve ser repetido após seis horas de observação, sendo pelo menos uma destas avaliações realizada por médico neurologista. Em seguida, deve ser documentado através de um exame complementar: eletro encefalograma, angiografia cerebral, entre outros. Cabe ressaltar que nenhum dos médicos responsáveis pelo diagnóstico de morte encefálica pode fazer parte de equipe que realiza transplante

3) O que é morte encefálica?

O encéfalo é a parte do corpo geralmente confundida com o cérebro. Na verdade, é quase a mesma coisa, mas além do cérebro, o encéfalo inclui o tronco cerebral. O encéfalo controla todas as funções essenciais do organismo do homem: a respiração, a temperatura do corpo, o funcionamento dos pulmões etc. Apenas o coração pode continuar funcionando sem o comando do encéfalo, por causa do seu marca passo.

Se o encéfalo morre, depois de certos acidentes ou derrame cerebral, os demais órgãos do corpo param de funcionar. Se o marca passo do coração ainda estiver vivo para fazê-lo bombear o sangue, os outros órgãos podem continuar funcionando por mais algum tempo com ajuda de aparelhos. Nas poucas horas em que os órgãos ainda funcionam por causa dos aparelhos é que é possível aproveitá-los para transplante

4) Qual é a diferença entre morte encefálica e coma?

Ao contrário do que muita gente pensa, morte encefálica e coma não são a mesma coisa. No estado de coma, o encéfalo ainda está vivo e executando suas funções rotineiras, ainda que com dificuldade. Com a morte encefálica, essas funções não podem mais ser executadas.

5) Quais são os principais pontos da nova Lei de Transplantes?

  A Lei determinou ao Conselho Federal de Medicina que definisse os critérios clínicos e exames necessários para o diagnóstico de morte encefálica (morte do paciente), resultando na Resolução  
  CFM 1480/97.
Sistema Nacional de Transplantes - criado para dar controle e organização à atividade. Agora, o transplante de órgãos e tecidos só pode ser realizado por equipes e hospitais autorizados e fiscalizados pelo Ministério da Saúde.

Lista Única de Receptores - a ordem da Lista é seguida com rigor, sob supervisão do Ministério Público. O cadastro é separado por órgãos, tipos sangüíneos e outras especificações técnicas.
Consulta obrigatória à família - a decisão final sobre a doação é tomada pela família após a morte. A consulta é obrigatória mesmo que você tenha autorizado a doação em vida. Assim, se a família não for localizada, não ocorre a doação.
6) Quem pode doar em vida?
O "Doador Vivo" é considerado uma pessoa em boas condições de saúde (sempre avaliada por médico), capaz juridicamente e que concorde com a doação. A decisão deve ser orientada por médico;
Por lei, pais, irmãos, filhos, avós, tios, primos e cônjuges podem ser doadores. Não parentes podem ser doadores somente com autorização judicial.
Antes da doação é feito um check-up completo para certificar que a pessoa pode doar com segurança;
A compatibilidade sangüínea é primordial. Existem também testes especiais (Prova Cruzada e HLA) para selecionar o melhor doador, ou seja, aquele com maior chance de sucesso do transplante.

7) Quais órgãos podem ser obtidos de um doador vivo?
Rim: por ser um órgão duplo, pode ser doado em vida. Doa-se um dos rins, e tanto o doador quanto o transplantado pode levar uma vida perfeitamente normal.
Medula Óssea: pode ser obtida por meio da aspiração óssea direta ou pela coleta de sangue
Parte do fígado ou do pulmão: podem ser doados.

8) O que é a Central de Transplantes?
O nome mais adequado é Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos (CNCDO). É o setor da Secretaria de Saúde de cada Estado responsável por organizar e coordenar todos os assuntos relacionados com a notificação dos potenciais doadores, a captação dos órgãos, a locação dos órgãos doados e a realização dos transplantes.

9) Como se inicia a doação de órgãos?
Após o diagnóstico de morte encefálica (sempre realizado por equipe especializada), a Central de Transplantes é comunicada. Profissionais da Equipe de Captação de Órgãos avaliarão o potencial doador e conversarão com os familiares para saber do desejo da doação.

10) O que acontece com os órgãos após sua retirada?
Após a cirurgia de retirada, os órgãos precisam ser transportados, em recipientes estéreis, para o centro que realizará o transplante no paciente definido pela Central de Transplantes da Secretaria de Saúde de cada Estado. Há uma equipe de profissionais responsável pelo procedimento do transplante a ser realizado. Desde a notificação do potencial doador até a realização do transplante, mais de 30 profissionais altamente especializados estão envolvidos.

11) Quais órgãos e tecidos podem ser doados após a morte?
Podem ser doados os seguintes órgãos: coração, pulmões, fígado, rins, pâncreas, e intestino. E os tecidos: córneas, partes da pele não visíveis, ossos, tendões e veias. A doação pode ser de todos ou apenas de alguns desses órgãos e tecidos.

12) Como a família pode doar os órgãos?

Os familiares serão entrevistados por uma Equipe de Captação de Órgãos, a qual solicitará a doação. Somente após a assinatura do Termo de Doação de Órgãos e Tecidos, pelos familiares, ocorrerá a doação.

13) Como é a cirurgia para a retirada dos órgãos?
A retirada dos órgãos é uma cirurgia como qualquer outra, sendo realizada com todos os cuidados de reconstituição do corpo, obrigatória por lei.

14) E o corpo após a doação?

Após a retirada dos órgãos o corpo fica como antes, sem qualquer deformidade. Não há necessidade de sepultamentos especiais. O doador poderá ser velado e sepultado normalmente.

15) Quem recebe os órgãos e tecidos doados?
Com a nova Lei dos Transplantes foi instituída a Lista Única de receptores (regional) pelas Secretarias Estaduais de Saúde. Os órgãos do potencial doador serão transplantados nos pacientes, obedecendo-se os critérios da lista Única

16) A família do doador tem alguma despesa com a doação?
NÃO. A família não é responsável por qualquer despesa com exames, cirurgias ou outro procedimento envolvido com a doação dos órgãos. O Sistema Único de Saúde (SUS) cobre todas as despesas

17) Como devo expressar meu interesse em ser doador?
Informe sua família sobre seu desejo de ser doador de órgãos. Não é necessário qualquer registro em nenhum documento. O mais importante é comunicar em vida sua vontade pela doação.

18) Quais os requisitos para um cadáver ser considerado doador?
Ter identificação e registro hospitalar
Ter a causa do coma estabelecida e conhecida
Não apresentar hipotermia (temperatura do corpo inferior a 35ºC), hipotensão arterial ou estar sob efeitos de drogas depressoras do Sistema Nervoso Central
Passar por dois exames neurológicos que avaliem o estado do tronco cerebral. Esses exames devem ser realizados por dois médicos não participantes das equipes de captação e de transplante. 
Submeter-se a exame complementar que demonstre morte encefálica, caracterizada pela ausência de fluxo sangüíneo em quantidade necessária no cérebro, além de inatividade elétrica e metabólica cerebral
Estar comprovada a morte encefálica. Situação bem diferente do coma, quando as células do cérebro estão vivas, respirando e se alimentando, mesmo que com dificuldade ou um pouco debilitadas.
Observação:
Depois de diagnosticada a morte encefálica, o médico do paciente, da Unidade de Terapia Intensiva ou da equipe de captação de órgãos deve informar de forma clara e objetiva que a pessoa está morta e que, nesta situação, os órgãos podem ser doados para transplante


19) Quero ser um doador de órgãos. O que posso doar?
Córneas (retiradas do doador até seis horas depois da parada cardíaca e mantidas fora do corpo por até sete dias)
Coração (retirado do doador antes da parada cardíaca e mantido fora do corpo por no máximo seis horas)
Pulmão (retirados do doador antes da parada cardíaca e mantidos fora do corpo por no máximo seis horas)
Rins (retirados do doador até 30 minutos após a parada cardíaca e mantidos fora do corpo até 48 horas)
Fígado (retirado do doador antes da parada cardíaca e mantido fora do corpo por no máximo 24 horas)
Pâncreas (retirado do doador antes da parada cardíaca e mantido fora do corpo por no máximo 24 horas)
Ossos (retirados do doador até seis horas depois da parada cardíaca e mantidos fora do corpo por até cinco anos)
Medula óssea (se compatível, feita por meio de aspiração óssea ou coleta de sangue)
Pele
Valvulas Cardíacas.

20) Quem recebe os órgãos e/ou tecidos doados?
Quando é reconhecido um doador efetivo, a central de transplantes é comunicada, pois apenas ela tem acesso aos cadastros técnicos com informações de quem está na fila esperando um órgão. Além da ordem da lista, a escolha do receptor será definida pelos exames de compatibilidade entre o doador e o receptor. Por isso, nem sempre o primeiro da fila é o próximo a receber o órgão.

21)Como garantir que meus órgãos não serão vendidos depois da minha morte?
As centrais de transplantes das secretarias estaduais de saúde controlam todo o processo, desde a retirada dos órgãos até a indicação do receptor. Assim, as centrais de transplantes controlam o destino de todos os órgãos doados e retirados.

22) Disseram-me que o corpo do doador depois da retirada dos órgãos fica todo deformado. Isso é verdade?
É mentira. A diferença não dá para perceber. Aparentemente o corpo fica igualzinho. Aliás, a Lei é clara quanto a isso: os hospitais autorizados a retirar os órgãos têm que recuperar a mesma aparência que o doador tinha antes da retirada. Para quem doa não faz diferença, mas para quem recebe sim!

23) Posso doar meus órgãos em vida?
Sim. Também existe a doação de órgãos ainda vivo. O médico poderá avaliar a história clínica da pessoa e as doenças anteriores. A compatibilidade sangüínea é primordial em todos os casos. Há também testes especiais para selecionar o doador que apresenta maior chance de sucesso. Os doadores vivos são aqueles que doam um órgão duplo como o rim, uma parte do fígado, pâncreas ou pulmão, ou um tecido como a medula óssea, para que se possa ser transplantado em alguém de sua família ou amigo. Este tipo de doação só acontece se não representar nenhum problema de saúde para a pessoa que doa.

24) Para doar órgãos em vida é necessário:
Ser um cidadão juridicamente capaz
Estar em condições de doar o órgão ou tecido sem comprometer a saúde e aptidões vitais
Apresentar condições adequadas de saúde, avaliadas por um médico que afaste a possibilidade de existir doenças que comprometam a saúde durante e após a doação
Querer doar um órgão ou tecido que seja duplo, como o rim, e não impeça o organismo do doador continuar funcionando; " Ter um receptor com indicação terapêutica indispensável de transplante
Ser parente de até quarto grau ou cônjuge. No caso de não parentes, a doação só poderá ser feita com autorização judicial.

25) Órgãos e tecidos que podem ser doados em vida:
Rim

Pâncreas

Medula óssea (se compatível, feita por meio de aspiração óssea ou coleta de sangue)

Fígado (apenas parte dele, em torno de 70%)

Pulmão (apenas parte dele, em situações excepcionais)

26) Quem não pode doar?
Pacientes portadores de insuficiência orgânica que comprometa o funcionamento dos órgãos e tecidos doados, como insuficiência renal, hepática, cardíaca, pulmonar, pancreática e medular
Portadores de doenças contagiosas transmissíveis por transplante, como soropositivos para HIV, doença de Chagas, hepatite B e C, além de todas as demais contra-indicações utilizadas para a doação de sangue e hemoderivados
Pacientes com infecção generalizada ou insuficiência de múltiplos órgãos e sistemas.
Pessoas com tumores malignos - com exceção daqueles restritos ao sistema nervoso central, carcinoma basocelular e câncer de útero - e doenças degenerativas crônicas.

27) Quais e quantas partes do corpo humano podem ser doadas para transplantes?
Rins, pulmões, córneas, válvulas cardíacas, coração, pâncreas e fígados são freqüentemente doados. Além destes, temos a doação de intestino delgado, pele e ossos ou até mesmo uma parte completa (mão e face).

28)  Existe limite de idade para ser doador de órgãos e tecidos?
Não , O que determina o uso de partes do corpo para transplantes é o estado de saúde com base em uma avaliação médica do doador.

29) Existem riscos para um doador vivo?
Hoje com os avanços tecnológicos e a capacitação dos profissionais da área médica, os riscos estão cada vez menores. Porém, há o risco associado a qualquer tipo de cirurgia e existem relato de doadores que faleceram devido a complicações do procedimento de doação de órgãos Converse com seu médico sobre esses riscos que variam para cada situação.

30) Qual a chance de sucesso de um transplante?
As chances são altas. Mas o sucesso depende de inúmeros fatores como, por exemplo, o tipo de órgão a ser transplantado, a causa da doença e as condições de saúde do paciente, entre outras. Existem pessoas que fizeram transplante de órgãos há mais de 25 anos, tiveram filhos e levam hoje uma vida ativa e normal.

31)  Quantas pessoas aguardam por um transplante no Brasil?
Atualmente mais de 60.000 pessoas estão em lista de espera aguardando por um transplante compatível. Este número tende a aumentar e menos de 10% recebe um órgão ou tecido doado a cada ano por falta de doadores.

32) Por que é difícil doar órgãos ?
Existe um desconhecimento geral sobre quem pode doar e o que pode ser doado. Isso dificulta a doação.
Desta forma, a maneira correta é procurar esclarecimento e discutir sobre o assunto. Pode ser muito difícil discutir isso com seus familiares e amigos, mas é necessário.
Qualquer que seja sua vontade ou desejo, após esclarecer suas dúvidas, é muito importante que sua família saiba disso.
33)Quando uma pessoa entra em coma, torna-se um potencial doador?
Não. O coma é um processo reversível. Morte encefálica, como o próprio nome afirma, é irreversível.
Uma pessoa somente torna-se potencial doador após o diagnóstico de morte encefálica e a autorização da doação dos órgãos pela família.

34)  Há chances de os médicos errarem no diagnóstico de morte encefálica?
Não. O diagnóstico é realizado por meio de exames específicos e pela avaliação de dois médicos - sendo um deles neurologista - com intervalo mínimo de 6 horas entre as duas avaliações. Além disso, é obrigatória a confirmação do diagnóstico por, pelo menos, um dos seguintes exames: angiografia cerebral, cintilografia cerebral, transcraniano ou eletro encefalograma.

35)  Como fazer a doação no momento da morte de um familiar?
Um dos membros da família pode manifestar o desejo de doar os órgãos e tecidos ao médico que atendeu o paciente ou a comissão intra hospitalar de doação de órgãos e tecidos do hospital; pode também entrar em contato com a Central de Transplantes, que tomarão todas as providencias necessárias

36) Como funciona o sistema de captação de órgãos?
Se existe um doador em potencial, vitima de acidente com traumatismo craniano, ou derrame cerebral, com confirmação da morte encefálica e autorização da família para a doação dos órgãos, a função dos órgãos deve ser mantida artificialmente.

37)  Quem paga pelos procedimentos de doação?
O SUS (Sistema Único de Saúde ).

38)  Como é a cirurgia para a retirada dos órgãos?
A cirurgia para retirada dos órgãos é como qualquer outra e os cuidados de reconstituição do corpo são obrigados por lei (LEI n° 9.434/ 1987).
Após a retirada dos órgãos, o corpo fica como antes sem qualquer deformidade. Não a necessidade de sepultamentos especiais.
O doador poderá ser velado e sepultado normalmente.

39)  Quem pode e quem não pode ser doador?
A doação pressupõe critérios mínimos de seleção. Idade, o diagnóstico que levou à morte clínica e tipo sangüíneo são itens estudados do provável doador para saber se há receptor compatível. Não existe restrição absoluta à doação de órgãos a não ser para aidéticos e pessoas com doenças infecciosas ativas. Em geral, fumantes não são doadores de pulmão.

40) Por que existe poucos doadores? Temos medo de doar?
É uma das razões, porque temos medo da morte e não queremos nos preocupar com este tema em vida. É muito mais cômodo não pensarmos sobre isso, seja porque "não acontece comigo ou com a minha família" ou "isso só acontece com os outros e eles que decidam".

41) Quero ser doador. A minha religião permite?
Todas as religiões têm em comum os princípios da solidariedade e do amor ao próximo que caracterizam o ato de doar. Todas as religiões deixam a critério dos seus seguidores a decisão de serem ou não doadores de órgãos.

42) Como o corpo é mantido após a morte encefálica?
O coração bate à custa de medicamentos, o pulmão funciona com a ajuda de aparelhos e o corpo continua sendo alimentado por via endovenosa.

43) Quem recebe os órgãos doados?
Testes laboratoriais confirmam a compatibilidade entre doador e receptores. Após os exames, a triagem é feita com base em critérios como tempo de espera e urgência do procedimento.

44) Quantas partes do corpo podem ser aproveitadas para transplante?
O mais freqüente: 2 rins, 2 pulmões, coração, fígado e pâncreas, 2 córneas, 3 válvulas cardíacas, ossos do ouvido interno, cartilagem costal, crista ilíaca, cabeça do fêmur, tendão da patela, ossos longos, fascia lata, veia safena, pele. Mais recentemente foram realizados transplantes de uma mão completa. Um único doador tem a chance de salvar, ou melhorar a qualidade de vida, de pelo menos 25 pessoas.

45)  Podemos escolher o receptor?
Nem o doador, nem a família podem escolher o receptor. Este será sempre indicado pela Central de Transplantes. A não ser no caso de doação em vida.

46) Quem são beneficiados com os transplantes?
Milhares de pessoas, inclusive crianças, todos os anos, contraem doenças cujo único tratamento é um transplante. A espera por um doador, que muitas vezes não aparece, é dramática e adoece também um círculo grande de pessoas da família e de amigos.

47)  Existe algum conflito de interesse entre os atos de salvar a vida de um potencial doador e o da retirada dos órgãos para transplante?
Absolutamente não. A retirada dos órgãos para transplante somente é considerada depois da morte, quando todos os esforços para salvar a vida de uma pessoa tenham sido realizados.


48) Quais os riscos e até que ponto um transplante interfere na vida de uma pessoa?
Além dos riscos inerentes a uma cirurgia de grande porte, os principais problemas são infecção e rejeição. Para controlar esses efeitos o transplantado usa medicamentos pelo resto da vida. Transplante não é cura, mas um tratamento que pode prolongar a vida com muito melhor qualidade.

49) O Que a Bíblia Diz? É errado doar órgãos?

A doação de órgãos é um procedimento médico moderno que não é especificamente mencionado na Bíblia. Algumas pessoas se opõem a ele simplesmente porque é "novo" e "diferente", mas esta não é a base correta para julgar a questão. Deus deu ao homem a capacidade de pensar e inventar (veja Gênesis 4:20-22), e nunca condenou o progresso tecnológico em si.

O homem pode usar sua capacidade imaginativa para o mal. Quando o faz, é condenado por Deus (Gênesis 6:5). Mas ele também pode usar esta capacidade para o bem, como pode ser claramente visto em muitos modos de transporte que podem ser usados para espalhar o evangelho, sejam barcos ou carros da era do Novo Testamento, quer bicicletas, automóveis e aviões de nosso tempo.

Desde que e Bíblia não fala especificamente da doação de órgãos, precisamos aplicar os princípios que o Senhor ensina para julgar este método moderno de salvar vidas. Doar para o benefício de outros é sempre bom (Atos 20:35). Arriscar ou mesmo sacrificar a própria vida para salvar outra é visto como o mais elevado ato de amor (João 15:13)

 A doação de órgãos é um ato de dar que raramente envolve risco para o doador, mas que pode servir para beneficiar grandemente o receptor. Em raros casos, uma pessoa viva pode ser chamada a doar um de um par de órgãos, ou tecido parcial de um órgão sadio para salvar a vida de um parente próximo. Se a doação do próprio braço direito ou o rim direito salvar a vida de seu filho, qual o pai amoroso que se recusaria?

A forma da doação que é mais comum é usar o órgão de uma pessoa falecida para salvar ou melhorar a vida de uma pessoa viva. Um acidente de carro pode tirar a vida de um homem saudável cujo coração, fígado e outros órgãos podem ser usados para salvar vidas de outros.

A decisão, enquanto vivo e saudável, de permitir tal doação é um ato de bondade e amor que beneficia um receptor desconhecido.

O órgão que já não serve mais para a pessoa morta pode permitir a uma jovem mãe cuidar de seus próprios filhos, ou a uma criancinha chegar à idade adulta. Se, no fim de minha vida, meu coração puder bater em outro eito ou meus olhos puderem permitir a outro ver, que essa abençoada pessoa agradeça a Deus que deu ao homem a inteligência para desenvolver novos meios de salvar vidas.
Dar é abençoado.
Dennis Allan

A doação e o transplante de órgãos é uma conquista recente da Ciência, razão pela qual não foi tratada na Codificação Espírita. À época, sequer se supunha essa possibilidade, que é mais uma etapa do desenvolvimento progressivo da humanidade.
Temos que analisar a questão, portanto, sob a ótica dos ensinamentos trazidos pelos Espíritos, e sempre apoiar-se na codificação de Allan Kardec.

E o que os Espíritos e a Codificação nos revelam?

Revelam-nos que somos espíritos imortais, criados por Deus para atingir a maior perfeição possível e, com esta, a felicidade eterna. Vivemos ora no mundo espiritual, onde aprendemos com os espíritos mais evoluídos e nos preparamos para novas encarnações e no mundo corporal, onde habitamos um corpo físico que nos servirá para aplicarmos o que aprendemos sempre tendo como meta a nossa evolução. Ensina-nos ainda, a Doutrina, que o combustível que nos move para essa evolução é a prática da caridade.

Para a Doutrina Espírita a doação de órgãos é um ato de amor e caridade, pois pode salvar alguém que precisa ficar mais algum tempo na vida material.

Quando falamos em morte, temos que distinguir duas coisas bastante diferentes: morte e desencarnação. A morte é uma questão meramente física, é a cessação das funções físicas. Desencarnação é o desligamento do espírito do corpo físico. Portanto, pode haver a morte, mas se o espírito continuar ligado ao corpo (isto se dá de acordo com seu apego à matéria), não ocorrer a desencarnação. O espírito mantendo-se ligado ao corpo mantém as sensações do corpo, ou seja, sente o que acontece com "seu" corpo físico.

Por essa razão, é aconselhável que se obtenha antes a concordância do doador, pois se efetuada a retirada de órgãos sem que o espírito esteja consciente e de acordo ele pode vir a sofrer algum tipo de perturbação ou de dor. É importante ressaltar que a Espiritualidade sempre proverá o amparo no processo de retirada dos órgãos, assim como nos casos de desencarne seja por doenças e ou acidentes, fazendo com que os padecimentos sejam reduzidos e até mesmo não acontecendo.

Inúmeras mensagens de espíritos desencarnados, que doaram seus órgãos (em especial a córnea, cuja técnica já é dominada há mais tempo) relatam as pequenas repercussões que tiveram (como em qualquer cirurgia), bem como o amplo amparo dos amigos espirituais, além de sentirem, no mais além, as vibrações de agradecimento por parte do receptor e da família do mesmo. Regra geral, o espírito desencarnado não sentirá dor, no sentido físico, pois a maioria estará em uma espécie de "sono" nos momentos seguintes à morte/desencarnação. A exceção são aqueles que tinham muito apego ao corpo físico, às coisas do mundo, e que realmente acompanham, através de sensações desagradáveis, o processo de desligamento.

Transplantes de Orgãos

De início, consideramos que a medicina terrena é bênção divina, acompanhada de perto por Espíritos de elevada caridade e competência, os quais, sob orientação direta do Mestre Jesus, fazem aportar no planeta Terra, no tempo certo, benesses balsâmicas no trato das doenças, propiciando cura delas ou alívio da dor que causam.

Os transplantes constituem uma benesse sublime. Salvam vidas. Aliviam dores.
Sabemos nós, os espíritas, que cada ser humano tem todo um acervo de realizações positivas e negativas ao longo de inúmeras existências terrenas, daí advindo a inexistência de patamares espirituais semelhantes. Por isso mesmo, sendo diferentes as vibrações energéticas perispirituais do doador e do receptor, o órgão a ser transplantado não encontrará sintonia vibracional no destino. Daí advém a rejeição orgânica, que na verdade espelha diferença nos complexos sistemas vitais de um e de outro, regulando o equilíbrio nos interplanos – material e espiritual.

Assim como ocorre nas cirurgias de modo geral, existem equipes espirituais atuando nos procedimentos de transplantes, realizando a adaptação e assimilação dos fluídos do doador pelo receptor. O órgão transplantado se "ajusta" ao corpo físico do receptor. A medicina também tem seu avanço nas drogas e procedimentos que permitem altos níveis de sucesso.

Pessoa alguma há que, após passar por um transplante, continue a mesma. O mérito de ganhar mais um tempo na caminhada material pode ser o resgate de grandes provas.

Daí, a auto-reforma.

A Lei Divina de Ação e Reação, de ação automática e permanente, muito beneficiará o doador, além do que o beneficiado (e seu Anjo Guardião), seus parentes, amigos e a própria equipe médica envolvida, estarão todos direcionando a ele, doador, vibrações positivas, em preces de gratidão. Para o doador desencarnado isso é bênção incomparável.

NOTA

Obviamente, não doar órgãos é um direito pleno de cada indivíduo. E jamais o não-doador poderá ser acusado de egoísmo ou de falta de amor para com seu próximo, pois como foi dito anteriormente não há patamares de elevação espiritual semelhantes, e cada um poderá fazê-lo a seu tempo, quando o entendimento assim o permitir.

Mas, verdade seja dita, quem doa demonstra vivenciar louvável posicionamento em estágio moral que só benefícios espirituais hão de lhe ser dispensados. O não-doador – e somente ele – poderá responder à auto-pergunta: – E se um dia eu precisar de um transplante?

Os transplantes, ligados intimamente que estão ao ato supremo das doações, surgiram como que para testar nossas virtudes de solidariedade humana, nosso altruísmo, nossa generosidade, nossa piedade, nossa compaixão, nossa filantropia, nossa benevolência, nossa bondade, nosso amor ao próximo, nosso espírito humanitário, nossa indulgência, nossa excelência moral, nossa grandeza de alma, nossa misericórdia, nosso espírito de socorro, amparo e auxílio e, sobretudo, a virtude mais decantada nos Evangelhos: o amor e a caridade”


Bibliografia
Doação de Órgãos e Transplantes de Eurípedes Kühl
http://www.newsweek.com/id/178873
Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo – CVDEE.ORG. BR
Panorama Espírita – panoramaespirita.com. br
Fonte: www.detroitsp.com







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