Este trabalho visa esclarecer a sociedade sobre a Doação de
Órgãos.
Doar órgãos é um gesto de amor.
"Amor – É o gesto que dá não o grito que pede".
Palavras de Jesus: Ama ao teu próximo como a ti mesmo – ou seja:
Faz ao outro aquilo que queres que te façam.
Reflita: “Se fosse você, seu filho, sua mãe que precisasse
de um órgão para continuar a viver, você gostaria que alguém lhe doasse o órgão
salvador”?
Pense nisso!
A Importância da Doação de Órgãos
Para compreendermos a
importância da doação de órgãos nada melhor do que saber a opinião de quem já
se envolveu num processo de doação:
- Depoimentos:
Da família do doador
Doação de Amor
A perda de um filho é
um processo antinatural no percurso da vida de uma mãe. Mas, apesar do grande
sofrimento, percebo o tão grande amor que meu filho plantou e os sentimentos de
carinho e amizade sentidos por todos nós familiares nesses dias. Davi, em seus
18 anos, foi um menino doador por natureza, como sentimos nos gestos de
profundo carinho dos amigos, familiares e pessoas queridas às quais ele próprio
conquistou e adotou.
Porém, preciso testemunhar que a doação de órgãos foi uma decisão profundamente acalentadora e necessária para um momento tão sofrido e trágico como esse. Passa a ser uma continuidade de um sentimento de amizade, fraternidade e amor.
O que conforta ou ameniza a dor não é saber que o meu filho continua vivo em cada receptor, mas sim o sentimento sublime de que, por meio da doação de seus órgãos, possa aliviar o sofrimento de pessoas condenadas a morte ou a limitações de vida, sofrimento de dor que se assemelha ao meu nesse momento, meu filho continua inteiro dentro de mim e de todos que o amaram.
Minha família é de paz! É dela que vem a força e o equilíbrio necessários para darmos continuidade a vida e permanecer viva a memória do meu filho.
Valéria Hora Barros
Maceió/Al
Fonte: Gazeta de Alagoas, Espaço do Leitor, 03-07-2005
Fonte: Gazeta de Alagoas, Espaço do Leitor, 03-07-2005
- Depoimento de um Transplantado
O senhor Wilton da
Silva realizou o transplante há cinco anos e leva uma vida normal e fala das
expectativas quando se está na máquina de hemodiálise e da alegria ao saber que
chegou um dos dias mais esperados quando se encontra um doador de órgãos.
“Quando estamos na máquina de hemodiálise achamos que é o fim, que a história
termina ali. Eu mesmo havia perdido a esperança de ver meu filho, que na época
tinha 2 anos, crescer. Quando soube que havia um doador não acreditei que a
minha luta na máquina de hemodiálise ia acabar.”
Wilton recebeu um rim de um doador de 15 anos que teve morte encefálica após um acidente. “Eu lamentei o acidente que vitimou o jovem, mas foi uma bênção para eu ter encontrado uma família que soube fazer o que era certo, e com isso, salvou a minha vida. Eles tomaram uma decisão muito difícil e louvável. Até hoje eu peço proteção a Deus para eles, porque a vida de quem precisa de um transplante está nas mãos dos doadores. A minha vida estava nas mãos daquela família, e eles, ao autorizarem a captação dos órgãos, me devolveram ela. Hoje eu posso dizer que renasci. Mudei até a data do meu aniversário e passei a comemorar no dia em que fiz o transplante” finaliza emocionado.
Wilton recebeu um rim de um doador de 15 anos que teve morte encefálica após um acidente. “Eu lamentei o acidente que vitimou o jovem, mas foi uma bênção para eu ter encontrado uma família que soube fazer o que era certo, e com isso, salvou a minha vida. Eles tomaram uma decisão muito difícil e louvável. Até hoje eu peço proteção a Deus para eles, porque a vida de quem precisa de um transplante está nas mãos dos doadores. A minha vida estava nas mãos daquela família, e eles, ao autorizarem a captação dos órgãos, me devolveram ela. Hoje eu posso dizer que renasci. Mudei até a data do meu aniversário e passei a comemorar no dia em que fiz o transplante” finaliza emocionado.
Wilton da Silva
Transplantado de rins
Fonte: Primeira Edição, Cidade, julho de 2007
Transplantado de rins
Fonte: Primeira Edição, Cidade, julho de 2007
- Depoimento do Receptor de Órgãos
A receptora de rim
senhora Leydjane Ferreira,
está na lista única esperando uma doação há dois anos. Faz diálise três vezes na semana, quatro horas por dia e afirma que sair da máquina de hemodiálise é o seu maior sonho e afirma que para realizá-lo vai depender “da sensibilidade da família ao ato de doar, pois aquele órgão doado vai trazer uma nova vida para pessoas como eu que estou esperando ansiosamente por um rim, enfim contamos com a solidariedade do povo•”.
está na lista única esperando uma doação há dois anos. Faz diálise três vezes na semana, quatro horas por dia e afirma que sair da máquina de hemodiálise é o seu maior sonho e afirma que para realizá-lo vai depender “da sensibilidade da família ao ato de doar, pois aquele órgão doado vai trazer uma nova vida para pessoas como eu que estou esperando ansiosamente por um rim, enfim contamos com a solidariedade do povo•”.
Leydjane Ferreira
Receptora de rim. Faz hemodiálise no Hospital da Santa Casa
Receptora de rim. Faz hemodiálise no Hospital da Santa Casa
Doação de Órgãos
Doar órgãos é um ato de amor e solidariedade. Quando bem
sucedido, uma vida é salva e, com ela, resgata-se também a saúde física e
psicológica de toda a família envolvida com o paciente transplantado.
A doação de órgãos no Brasil conta com o maior sistema público organizado
do mundo para a captação e transplantes de órgãos e tecido. Temos, por outro
lado, a maior fila de espera: dois anos para o transplante de fígado, e quatro
para rim.
De 20 a 30% dos 16 mil pacientes que esperam a realização do transplante
morrem na fila esperando por uma doação. Alguns mitos precisam ser derrubados
para que esta prática atinja o nível de países bem sucedidos nesta luta.
É preciso esclarecer as pessoas sobre as implicações e os procedimentos da
doação. Os médicos recebem autorização para a captação de órgãos e tecidos
quando a morte encefálica (ou cerebral) é declarada e confirmada por dois
exames clínicos e um exame de imagem. O processo de doação de órgãos dura, em
média, 24 horas, e o corpo então é liberado para os trâmites do enterro.
Existe todo um cuidado com a estética do corpo, para que possa ser velado
isento de quaisquer indícios da remoção dos órgãos. A maioria dos transplantes
é feita pelo SUS, mas a maioria dos planos de saúde cobre todo esse processo, o
que quase sempre é desconhecido pelos segurados. Embora o Brasil tenha uma
política bem definida para transplantes, o número de doadores ainda é
considerado baixo. Houve um crescimento em 2008; depois de dois anos de queda e
um ano de estagnação em 2007, passamos de 5,4 doadores por milhão de população
(pmp) para os atuais 7,2 pmp.
No dia 27 de setembro é comemorado o Dia Nacional do Doador. As campanhas
de conscientização da população para a doação de órgãos e tecidos são
desenvolvidas pela Secretaria Municipal de Saúde, em conjunto com outros órgãos
do Poder Executivo, podendo também contar com a colaboração de instituições
públicas da esfera estadual e federal e de entidades não-governamentais. A
conscientização é a única ferramenta para uma realidade mais humana e
eficiente. Quando se tratando de doação, quanto mais a população se informar
sobre a importância de se tornar um doador, menos angustiante será a fila de
espera por órgãos
POR QUE DOAR?
A carência de doadores de órgãos é ainda um grande obstáculo para a
efetivação de transplantes no Brasil. Mesmo nos casos em que o órgão pode ser
obtido de um doador vivo, a quantidade de transplantes é pequena diante da
demanda de pacientes que esperam pela cirurgia. A falta de informação e o preconceito
também acabam limitando o número de doações obtidas de pacientes com morte
cerebral. Com a conscientização efetiva da população, o número de doações pode
aumentar de forma significativa. Para muitos pacientes, o transplante de órgãos
é a única forma de salvar suas vidas.
COMO FUNCIONA O SISTEMA DE CAPTAÇÃO DE ÓRGÃOS?
Passo a passo:
Passo 1: identificação do potencial
doador
Um doador em potencial é um paciente com morte encefálica, internado em
hospital sob cuidados intensivos. Por algum tempo, suas condições de circulação
sangüínea e de respiração poderão ser mantidas por meios artificiais. Nesse
período, é informada à família a possibilidade de doação dos órgãos. Caso a
família concorde com a doação, viabiliza-se a remoção dos órgãos depois que o
diagnóstico de morte encefálica se confirmar. A notificação deste diagnóstico é
OBRIGATÓRIA POR LEI.
O diagnóstico de morte encefálica passa por algumas etapas: o primeiro passo é o diagnóstico clínico, que deve ser repetido após seis horas de observação, sendo pelo menos uma destas avaliações realizada por médico neurologista. Em seguida, deve ser documentado através de um exame complementar: eletro encefalograma, angiografia cerebral, entre outros. Cabe ressaltar que nenhum dos médicos responsáveis pelo diagnóstico de morte encefálica pode fazer parte de equipe que realiza transplante.
Passo 2: notificação
O hospital notifica a Central de Transplantes sobre um paciente com
suspeita de morte encefálica (potencial doador). No Estado de São Paulo a captação
se faz de forma regionalizada - a Central de Transplantes repassa a notificação
para uma OPO (Organização de Procura de Órgão) que cobre a região do hospital
notificador.
Passo 3: avaliação
A OPO se dirige ao Hospital e avalia o doador com base na sua história
clínica, antecedentes médicos e exames laboratoriais. Avalia-se a viabilidade
dos órgãos, bem como a sorologia para afastar doenças infecciosas e teste de
compatibilidade com prováveis receptores. A família é abordada sobre a doação e
também pode autorizar a remoção do paciente para o hospital da OPO, que muitas
vezes tem mais condições para uma melhor manutenção.
Passo 4: informação do doador efetivo
A OPO informa a Central de Transplantes quando o doador já tem toda a sua
avaliação completada e o mesmo é viável. São passadas todas as informações
colhidas, resultados de exames, peso, altura, medicações em uso, condições
hemodinâmicas atuais, bem como local e hora marcada para a extração dos órgãos.
Passo 5: seleção dos receptores
Todo paciente que precisa de transplante é inscrito na Lista Única de
Receptores do Sistema Nacional de Transplantes do Ministério da Saúde (cuja
ordem é seguida com rigor, sob supervisão do Ministério Público), por uma
equipe responsável pelo procedimento do transplante. A partir desse cadastro, a
Central de Transplantes emite uma lista de receptores inscritos, compatíveis
para o doador; no caso dos rins deve-se fazer ainda uma nova seleção por
compatibilidade imunológica ou histológica.
Passo 6: identificação das equipes
transplantadoras
A Central de Transplantes informa a equipe de transplante (aquela equipe
específica que inscreveu o paciente na Lista Única de Receptores do Sistema
Nacional de Transplantes do Ministério da Saúde - controlada pelo Ministério Publico)
sobre a existência do doador e qual paciente receptor foi nomeado. Cabe à
equipe decidir sobre a utilização ou não deste órgão, uma vez que é o médico o
conhecedor do estado atual e condições clínicas de seu paciente
Passo 7: os órgãos
As equipes fazem a extração no hospital (OPO) onde se encontra o doador,
em centro cirúrgico, respeitando todas as técnicas de assepsia e preservação
dos órgãos. Terminado o procedimento, as equipes se dirigem para seus hospitais
de origem para procederem à transplantação
Passo 8: liberação do corpo
Restrições Legais
Pode ser doador em vida toda pessoa que tiver parentesco consangüíneo de
até quarto grau com o indivíduo que receberá o órgão transplantado. Isso
significa pais, irmãos, filhos, avós, tios e primos. Além desses casos,
cônjuges podem fazer doações e toda pessoa que apresentar autorização judicial.
Essa autorização é dispensada no caso de transplante de medula óssea. A doação
por menores de idade é permitida somente com autorização de ambos os pais ou responsáveis.
Pessoas não identificadas e deficientes mentais não podem ser doadores.
Restrições de Idade: Em geral, o doador deve ter até 60 anos. Para o caso de transplante de fígado, a idade do doador pode chegar até 80.
Restrições de Saúde
O doador precisa fazer exames de HIV e de hepatites B e C. Deve fazer
também provas de função hepática, de função renal e de função pulmonar
QUAIS ÓRGÃOS PODEM SER DOADOS?
De doador vivo
Rim: por ser um órgão duplo, pode ser doado em vida. Doa-se um dos rins, e tanto
o doador quanto o transplantado pode levar uma vida perfeitamente normal
De doador com morte encefálica
Órgãos: coração, pulmões, fígado, rins, pâncreas e intestino.
Tecidos: córneas, partes da pele não visíveis, ossos, tendões e veias
QUEM PODE SE BENEFICIAR DE UM TRANSPLANTE?
Principais indicações
Coração: portadores de
cardiomiopatia grave de diferentes etiologias (Doença de Chagas, isquêmica,
reumática, idiopática, miocardites);
Pulmão:
Portadores de doenças pulmonares crônicas por fibrose ou enfisema
Fígado:
Portadores de cirrose hepática por hepatite; álcool ou outras causas
Rim:
Portadores de insuficiência renal crônica por nefrite, hipertensão,
diabetes e outras doenças renais
Pâncreas: Diabéticos que tomam insulina (diabetes tipol) em geral, quando estão com
doença renal associada
Córneas:
Portadores de ceratocone, ceratopatia bolhosa, infecção ou trauma de
córnea
Medula óssea: Portadores de leucemia, linfoma e aplasia de medula
Osso:
Pacientes com perda óssea por certos tumores ósseos ou trauma
Pele:
Pacientes com grandes queimaduras
DÚVIDAS MAIS FREQÜENTES
1) Quem é o potencial doador não
vivo?
São pacientes em UTI (Unidade de
Terapia Intensiva) com morte encefálica, geralmente vítimas de traumatismo
craniano ou AVC (derrame cerebral). A retirada dos órgãos é realizada em centro
cirúrgico, como qualquer outra cirurgia. Após uma série de exames que excluam
doenças transmissíveis, a família será consultada sobre seu desejo pela doação
de órgãos. Somente com a autorização dos familiares o paciente será um doador
de órgãos.
2) Como é feito o diagnóstico de morte encefálica?
O diagnóstico de morte encefálica
passa por algumas etapas: o primeiro passo é o diagnóstico clínico, que deve
ser repetido após seis horas de observação, sendo pelo menos uma destas
avaliações realizada por médico neurologista. Em seguida, deve ser documentado
através de um exame complementar: eletro encefalograma, angiografia cerebral,
entre outros. Cabe ressaltar que nenhum dos médicos responsáveis pelo
diagnóstico de morte encefálica pode fazer parte de equipe que realiza
transplante
3) O que é morte
encefálica?
O encéfalo é a parte do corpo geralmente confundida com o cérebro. Na
verdade, é quase a mesma coisa, mas além do cérebro, o encéfalo inclui o tronco
cerebral. O encéfalo controla todas as funções essenciais do organismo do
homem: a respiração, a temperatura do corpo, o funcionamento dos pulmões etc.
Apenas o coração pode continuar funcionando sem o comando do encéfalo, por
causa do seu marca passo.
Se o encéfalo morre, depois de certos acidentes ou derrame cerebral, os demais órgãos do corpo param de funcionar. Se o marca passo do coração ainda estiver vivo para fazê-lo bombear o sangue, os outros órgãos podem continuar funcionando por mais algum tempo com ajuda de aparelhos. Nas poucas horas em que os órgãos ainda funcionam por causa dos aparelhos é que é possível aproveitá-los para transplante
4) Qual é a diferença
entre morte encefálica e coma?
Ao contrário do que muita gente pensa, morte encefálica e coma não são a
mesma coisa. No estado de coma, o encéfalo ainda está vivo e executando suas
funções rotineiras, ainda que com dificuldade. Com a morte encefálica, essas
funções não podem mais ser executadas.
5) Quais são os principais pontos da nova Lei de Transplantes?
A Lei determinou ao Conselho Federal
de Medicina que definisse os critérios clínicos e exames necessários para o
diagnóstico de morte encefálica (morte do paciente), resultando na Resolução
CFM 1480/97.
Sistema Nacional de Transplantes - criado para dar controle e organização
à atividade. Agora, o transplante de órgãos e tecidos só pode ser realizado por
equipes e hospitais autorizados e fiscalizados pelo Ministério da Saúde.
Lista Única de Receptores - a ordem da Lista é seguida com rigor, sob
supervisão do Ministério Público. O cadastro é separado por órgãos, tipos
sangüíneos e outras especificações técnicas.
Consulta obrigatória à família - a decisão final sobre a doação é tomada
pela família após a morte. A consulta é obrigatória mesmo que você tenha
autorizado a doação em vida. Assim, se a família não for localizada, não ocorre
a doação.
6) Quem pode doar em vida?
O "Doador Vivo" é considerado uma pessoa em boas condições de
saúde (sempre avaliada por médico), capaz juridicamente e que concorde com a
doação. A decisão deve ser orientada por médico;
Por lei, pais, irmãos, filhos, avós, tios, primos e cônjuges podem ser
doadores. Não parentes podem ser doadores somente com
autorização judicial.
Antes da doação é feito um check-up completo para certificar que a pessoa
pode doar com segurança;
A compatibilidade sangüínea é primordial. Existem também testes especiais
(Prova Cruzada e HLA) para selecionar o melhor doador, ou seja, aquele com
maior chance de sucesso do transplante.
7) Quais órgãos podem ser obtidos de um doador vivo?
Rim: por ser um órgão duplo, pode ser doado em vida. Doa-se um dos rins, e
tanto o doador quanto o transplantado pode levar uma vida perfeitamente normal.
Medula Óssea: pode ser obtida por meio da aspiração óssea direta ou pela
coleta de sangue
Parte do fígado ou do pulmão: podem ser doados.
8) O que é a Central de Transplantes?
O nome mais adequado é Central de Notificação, Captação e Distribuição de
Órgãos (CNCDO). É o setor da Secretaria de Saúde de cada Estado responsável por
organizar e coordenar todos os assuntos relacionados com a notificação dos
potenciais doadores, a captação dos órgãos, a locação dos órgãos doados e a
realização dos transplantes.
9) Como se inicia a doação de órgãos?
Após o diagnóstico de morte encefálica (sempre realizado por equipe
especializada), a Central de Transplantes é comunicada. Profissionais da Equipe
de Captação de Órgãos avaliarão o potencial doador e conversarão com os
familiares para saber do desejo da doação.
10)
O que acontece com os órgãos após sua
retirada?
Após a cirurgia de retirada, os órgãos precisam ser transportados, em
recipientes estéreis, para o centro que realizará o transplante no paciente
definido pela Central de Transplantes da Secretaria de Saúde de cada Estado. Há
uma equipe de profissionais responsável pelo procedimento do transplante a ser
realizado. Desde a notificação do potencial doador até a realização do
transplante, mais de 30 profissionais altamente especializados estão
envolvidos.
11)
Quais órgãos e tecidos podem ser doados
após a morte?
Podem ser doados os seguintes órgãos: coração, pulmões, fígado, rins,
pâncreas, e intestino. E os tecidos: córneas, partes da pele não visíveis,
ossos, tendões e veias. A doação pode ser de todos ou apenas de alguns desses
órgãos e tecidos.
12) Como a família pode doar os órgãos?
Os familiares serão entrevistados por uma Equipe de Captação de Órgãos, a
qual solicitará a doação. Somente após a assinatura do Termo de Doação de
Órgãos e Tecidos, pelos familiares, ocorrerá a doação.
13)
Como é a cirurgia para a retirada dos órgãos?
A retirada dos órgãos é uma cirurgia como qualquer outra, sendo realizada
com todos os cuidados de reconstituição do corpo, obrigatória por lei.
14) E o corpo após a doação?
Após a retirada dos órgãos o corpo fica como antes, sem qualquer
deformidade. Não há necessidade de sepultamentos especiais. O doador poderá ser
velado e sepultado normalmente.
15)
Quem recebe os órgãos e tecidos doados?
Com a nova Lei dos Transplantes foi instituída a Lista Única de receptores
(regional) pelas Secretarias Estaduais de Saúde. Os órgãos do potencial doador
serão transplantados nos pacientes, obedecendo-se os critérios da lista Única
16)
A família do doador tem alguma despesa
com a doação?
NÃO. A família não é responsável por qualquer despesa com exames,
cirurgias ou outro procedimento envolvido com a doação dos órgãos. O Sistema Único de Saúde (SUS) cobre todas as despesas
17)
Como devo expressar meu interesse em ser
doador?
Informe sua família sobre seu desejo de ser doador de órgãos. Não é
necessário qualquer registro em nenhum documento. O mais importante é comunicar
em vida sua vontade pela doação.
18) Quais os
requisitos para um cadáver ser considerado doador?
Ter identificação e registro hospitalar
Ter a causa do coma estabelecida e conhecida
Não apresentar hipotermia (temperatura do corpo inferior a 35ºC),
hipotensão arterial ou estar sob efeitos de drogas depressoras do Sistema
Nervoso Central
Passar por dois exames neurológicos que avaliem o estado do tronco
cerebral. Esses exames devem ser realizados por dois médicos não participantes
das equipes de captação e de transplante.
Submeter-se a exame complementar que demonstre morte encefálica,
caracterizada pela ausência de fluxo sangüíneo em quantidade necessária no
cérebro, além de inatividade elétrica e metabólica cerebral
Estar comprovada a morte encefálica. Situação bem diferente do coma,
quando as células do cérebro estão vivas, respirando e se alimentando, mesmo
que com dificuldade ou um pouco debilitadas.
Observação:
Depois de diagnosticada a morte encefálica, o médico do paciente, da
Unidade de Terapia Intensiva ou da equipe de captação de órgãos deve informar
de forma clara e objetiva que a pessoa está morta e que, nesta situação, os
órgãos podem ser doados para transplante
19) Quero ser um doador de órgãos. O que posso doar?
Córneas (retiradas do doador até seis horas depois da parada cardíaca e
mantidas fora do corpo por até sete dias)
Coração (retirado do doador antes da parada cardíaca e mantido fora do
corpo por no máximo seis horas)
Pulmão (retirados do doador antes da parada cardíaca e mantidos fora do
corpo por no máximo seis horas)
Rins (retirados do doador até 30 minutos após a parada cardíaca e mantidos
fora do corpo até 48 horas)
Fígado (retirado do doador antes da parada cardíaca e mantido fora do
corpo por no máximo 24 horas)
Pâncreas (retirado do doador antes da parada cardíaca e mantido fora do
corpo por no máximo 24 horas)
Ossos (retirados do doador até seis horas depois da parada cardíaca e
mantidos fora do corpo por até cinco anos)
Medula óssea (se compatível, feita por meio de aspiração óssea ou coleta
de sangue)
Pele
Valvulas Cardíacas.
20) Quem recebe os órgãos e/ou tecidos doados?
Quando é reconhecido um doador efetivo, a central de transplantes é
comunicada, pois apenas ela tem acesso aos cadastros técnicos com informações
de quem está na fila esperando um órgão. Além da ordem da lista, a escolha do
receptor será definida pelos exames de compatibilidade entre o doador e o
receptor. Por isso, nem sempre o primeiro da fila é o próximo a receber o
órgão.
21)Como garantir que meus órgãos não serão vendidos depois da minha morte?
As centrais de transplantes das secretarias estaduais de saúde controlam
todo o processo, desde a retirada dos órgãos até a indicação do receptor.
Assim, as centrais de transplantes controlam o destino de todos os órgãos
doados e retirados.
22) Disseram-me que o corpo do doador depois da retirada dos órgãos fica
todo deformado. Isso é verdade?
É mentira. A diferença não dá para perceber. Aparentemente o corpo fica
igualzinho. Aliás, a Lei é clara quanto a isso: os hospitais autorizados a
retirar os órgãos têm que recuperar a mesma aparência que o doador tinha antes
da retirada. Para quem doa não faz diferença, mas para quem recebe sim!
23) Posso doar meus órgãos em vida?
Sim. Também existe a doação de órgãos ainda vivo. O médico poderá avaliar
a história clínica da pessoa e as doenças anteriores. A compatibilidade
sangüínea é primordial em todos os casos. Há também testes especiais para
selecionar o doador que apresenta maior chance de sucesso. Os doadores vivos
são aqueles que doam um órgão duplo como o rim, uma parte do fígado, pâncreas
ou pulmão, ou um tecido como a medula óssea, para que se possa ser
transplantado em alguém de sua família ou amigo. Este tipo de doação só acontece
se não representar nenhum problema de saúde para a pessoa que doa.
24) Para doar órgãos em vida é necessário:
Ser um cidadão juridicamente capaz
Estar em condições de doar o órgão ou tecido sem comprometer a saúde e
aptidões vitais
Apresentar condições adequadas de saúde, avaliadas por um médico que
afaste a possibilidade de existir doenças que comprometam a saúde durante e
após a doação
Querer doar um órgão ou tecido que seja duplo, como o rim, e não impeça o
organismo do doador continuar funcionando; " Ter um receptor com indicação
terapêutica indispensável de transplante
Ser parente de até quarto grau ou cônjuge. No caso de não parentes, a
doação só poderá ser feita com autorização judicial.
25) Órgãos e tecidos que podem ser doados em vida:
Rim
Pâncreas
Medula óssea (se compatível, feita por meio de aspiração óssea ou coleta de sangue)
Fígado (apenas parte dele, em torno de 70%)
Pulmão (apenas parte dele, em situações excepcionais)
26) Quem não pode doar?
Pacientes portadores de insuficiência orgânica que comprometa o
funcionamento dos órgãos e tecidos doados, como insuficiência renal, hepática,
cardíaca, pulmonar, pancreática e medular
Portadores de doenças contagiosas transmissíveis por transplante, como
soropositivos para HIV, doença de Chagas, hepatite B e C, além de todas as
demais contra-indicações utilizadas para a doação de sangue e hemoderivados
Pacientes com infecção generalizada ou insuficiência de múltiplos órgãos e
sistemas.
Pessoas com tumores malignos - com exceção daqueles restritos ao sistema
nervoso central, carcinoma basocelular e câncer de útero - e doenças
degenerativas crônicas.
27) Quais e
quantas partes do corpo humano podem ser doadas para transplantes?
Rins, pulmões, córneas, válvulas cardíacas, coração, pâncreas e fígados
são freqüentemente doados. Além destes, temos a doação de intestino delgado,
pele e ossos ou até mesmo uma parte completa (mão e face).
28) Existe limite de idade para ser doador de órgãos e
tecidos?
Não , O que determina o uso de partes do corpo para transplantes é o
estado de saúde com base em uma avaliação médica do doador.
29) Existem riscos para um doador vivo?
Hoje com os avanços tecnológicos e a capacitação dos profissionais da área
médica, os riscos estão cada vez menores. Porém, há o risco associado a
qualquer tipo de cirurgia e existem relato de doadores que faleceram devido a
complicações do procedimento de doação de órgãos Converse com seu médico sobre
esses riscos que variam para cada situação.
30) Qual a
chance de sucesso de um transplante?
As chances são altas. Mas o sucesso depende de inúmeros fatores como, por
exemplo, o tipo de órgão a ser transplantado, a causa da doença e as condições
de saúde do paciente, entre outras. Existem pessoas que fizeram transplante de
órgãos há mais de 25 anos, tiveram filhos e levam hoje uma vida ativa e normal.
31) Quantas pessoas aguardam por um transplante no
Brasil?
Atualmente mais de 60.000 pessoas estão em lista de espera aguardando por
um transplante compatível. Este número tende a aumentar e menos de 10% recebe
um órgão ou tecido doado a cada ano por falta de doadores.
32) Por que é difícil doar órgãos ?
Existe um desconhecimento geral sobre quem pode doar e o que pode ser
doado. Isso dificulta a doação.
Desta forma, a maneira correta é procurar esclarecimento e discutir sobre
o assunto. Pode ser muito difícil discutir isso com seus familiares e amigos,
mas é necessário.
Qualquer que seja sua vontade ou desejo, após esclarecer suas dúvidas, é
muito importante que sua família saiba disso.
33)Quando uma pessoa entra em coma, torna-se um potencial doador?
Não. O coma é um processo reversível. Morte encefálica, como o próprio
nome afirma, é irreversível.
Uma pessoa somente torna-se potencial doador após o diagnóstico de morte
encefálica e a autorização da doação dos órgãos pela família.
34) Há chances de os médicos errarem no diagnóstico de
morte encefálica?
Não. O diagnóstico é realizado por meio de exames específicos e pela
avaliação de dois médicos - sendo um deles neurologista - com intervalo mínimo
de 6 horas entre as duas avaliações. Além disso, é obrigatória a confirmação do
diagnóstico por, pelo menos, um dos seguintes exames: angiografia cerebral,
cintilografia cerebral, transcraniano ou eletro encefalograma.
35) Como fazer a doação no momento da morte de um
familiar?
Um dos membros da família pode manifestar o desejo de doar os órgãos e
tecidos ao médico que atendeu o paciente ou a comissão intra hospitalar de
doação de órgãos e tecidos do hospital; pode também entrar em contato com a
Central de Transplantes, que tomarão todas as providencias necessárias
36) Como funciona o sistema de captação de órgãos?
Se existe um doador em potencial, vitima de acidente com traumatismo
craniano, ou derrame cerebral, com confirmação da morte encefálica e
autorização da família para a doação dos órgãos, a função dos órgãos deve ser
mantida artificialmente.
37) Quem paga pelos procedimentos de doação?
O SUS (Sistema Único de Saúde ).
38) Como é a cirurgia para a retirada dos órgãos?
A cirurgia para retirada dos órgãos é como qualquer outra e os cuidados de
reconstituição do corpo são obrigados por lei (LEI n° 9.434/ 1987).
Após a retirada dos órgãos, o corpo fica como antes sem qualquer
deformidade. Não a necessidade de sepultamentos especiais.
O doador poderá ser velado e sepultado normalmente.
39) Quem pode e quem não pode ser doador?
A doação pressupõe critérios mínimos de seleção. Idade, o diagnóstico que
levou à morte clínica e tipo sangüíneo são itens estudados do provável doador
para saber se há receptor compatível. Não existe restrição absoluta à doação de
órgãos a não ser para aidéticos e pessoas com doenças infecciosas ativas. Em geral, fumantes não são doadores de pulmão.
40) Por que existe poucos doadores? Temos medo de doar?
É uma das razões, porque temos medo da morte e não queremos nos preocupar
com este tema em vida. É muito mais cômodo não pensarmos sobre isso, seja
porque "não acontece comigo ou com a minha família" ou "isso só
acontece com os outros e eles que decidam".
41) Quero ser
doador. A minha religião permite?
Todas as religiões têm em comum os princípios da solidariedade e do amor
ao próximo que caracterizam o ato de doar. Todas as religiões deixam a critério
dos seus seguidores a decisão de serem ou não doadores de órgãos.
42) Como o corpo é mantido após a morte encefálica?
O coração bate à custa de medicamentos, o pulmão funciona com a ajuda de
aparelhos e o corpo continua sendo alimentado por via endovenosa.
43) Quem
recebe os órgãos doados?
Testes laboratoriais confirmam a compatibilidade entre doador e
receptores. Após os exames, a triagem é feita com base em critérios como tempo
de espera e urgência do procedimento.
44) Quantas
partes do corpo podem ser aproveitadas para transplante?
O mais freqüente: 2 rins, 2 pulmões, coração, fígado e pâncreas, 2
córneas, 3 válvulas cardíacas, ossos do ouvido interno, cartilagem costal,
crista ilíaca, cabeça do fêmur, tendão da patela, ossos longos, fascia lata,
veia safena, pele. Mais recentemente foram realizados transplantes de uma mão
completa. Um único doador tem a chance de salvar, ou melhorar a qualidade de
vida, de pelo menos 25 pessoas.
45) Podemos escolher o receptor?
Nem o doador, nem a família podem escolher o receptor. Este será sempre
indicado pela Central de Transplantes. A
não ser no caso de doação em vida.
46) Quem são beneficiados com os transplantes?
Milhares de pessoas, inclusive crianças, todos os anos, contraem doenças
cujo único tratamento é um transplante. A espera por um doador, que muitas
vezes não aparece, é dramática e adoece também um círculo grande de pessoas da
família e de amigos.
47) Existe algum conflito de interesse entre os atos de
salvar a vida de um potencial doador e o da retirada dos órgãos para
transplante?
Absolutamente não. A retirada dos órgãos para transplante somente é
considerada depois da morte, quando todos os esforços para salvar a vida de uma
pessoa tenham sido realizados.
48) Quais os
riscos e até que ponto um transplante interfere na vida de uma pessoa?
Além dos riscos inerentes a uma cirurgia de grande porte, os principais
problemas são infecção e rejeição. Para controlar esses efeitos o transplantado
usa medicamentos pelo resto da vida. Transplante não é cura, mas um tratamento
que pode prolongar a vida com muito melhor qualidade.
49) O Que a Bíblia Diz? É errado doar órgãos?
A doação de órgãos é um procedimento médico moderno que
não é especificamente mencionado na Bíblia. Algumas pessoas se opõem a ele
simplesmente porque é "novo" e "diferente", mas esta não é
a base correta para julgar a questão. Deus deu ao homem a capacidade de pensar
e inventar (veja Gênesis 4:20-22), e nunca condenou o progresso tecnológico em
si.
O homem pode usar sua capacidade imaginativa para o mal. Quando o faz, é
condenado por Deus (Gênesis 6:5). Mas ele também pode usar esta capacidade para
o bem, como pode ser claramente visto em muitos modos de transporte que podem
ser usados para espalhar o evangelho, sejam barcos ou carros da era do Novo
Testamento, quer bicicletas, automóveis e aviões de nosso tempo.
Desde que e Bíblia não fala especificamente da doação de órgãos,
precisamos aplicar os princípios que o Senhor ensina para julgar este método
moderno de salvar vidas. Doar para o benefício de outros é sempre bom (Atos
20:35). Arriscar ou mesmo sacrificar a própria vida para salvar outra é visto
como o mais elevado ato de amor (João 15:13)
A forma da doação que é mais comum é usar o órgão de uma pessoa falecida
para salvar ou melhorar a vida de uma pessoa viva. Um acidente de carro pode
tirar a vida de um homem saudável cujo coração, fígado e outros órgãos podem
ser usados para salvar vidas de outros.
A decisão, enquanto vivo e saudável, de permitir tal doação é um ato de
bondade e amor que beneficia um receptor desconhecido.
O órgão que já não serve mais para a pessoa morta pode permitir a uma
jovem mãe cuidar de seus próprios filhos, ou a uma criancinha chegar à idade
adulta. Se, no fim de minha vida, meu coração puder bater em outro eito ou meus
olhos puderem permitir a outro ver, que essa abençoada pessoa agradeça a Deus
que deu ao homem a inteligência para desenvolver novos meios de salvar vidas.
Dar é abençoado.
Dennis Allan
Fonte:
www.estudosdabiblia.net
A doação e o transplante de órgãos é uma conquista recente da Ciência,
razão pela qual não foi tratada na Codificação Espírita. À época, sequer se
supunha essa possibilidade, que é mais uma etapa do desenvolvimento progressivo
da humanidade.
Temos que analisar a questão, portanto, sob a ótica dos ensinamentos
trazidos pelos Espíritos, e sempre apoiar-se na codificação de Allan Kardec.
E o que os Espíritos e a Codificação nos revelam?
Revelam-nos que somos
espíritos imortais, criados por Deus para atingir a maior perfeição possível e,
com esta, a felicidade eterna. Vivemos ora no mundo espiritual, onde aprendemos
com os espíritos mais evoluídos e nos preparamos para novas encarnações e no
mundo corporal, onde habitamos um corpo físico que nos servirá para aplicarmos
o que aprendemos sempre tendo como meta a nossa evolução. Ensina-nos ainda, a
Doutrina, que o combustível que nos move para essa evolução é a prática da
caridade.
Para a Doutrina Espírita a doação de órgãos é um ato de amor e caridade,
pois pode salvar alguém que precisa ficar mais algum tempo na vida material.
Quando falamos em morte, temos que distinguir duas coisas bastante
diferentes: morte e desencarnação. A morte é uma questão meramente física, é a
cessação das funções físicas. Desencarnação é o desligamento do espírito do
corpo físico. Portanto, pode haver a morte, mas se o espírito continuar ligado
ao corpo (isto se dá de acordo com seu apego à matéria), não ocorrer a
desencarnação. O espírito mantendo-se ligado ao corpo mantém as sensações do
corpo, ou seja, sente o que acontece com "seu" corpo físico.
Por essa razão, é aconselhável que se obtenha antes a concordância do
doador, pois se efetuada a retirada de órgãos sem que o espírito esteja
consciente e de acordo ele pode vir a sofrer algum tipo de perturbação ou de
dor. É importante ressaltar que a Espiritualidade sempre proverá o amparo no
processo de retirada dos órgãos, assim como nos casos de desencarne seja por
doenças e ou acidentes, fazendo com que os padecimentos sejam reduzidos e até
mesmo não acontecendo.
Inúmeras mensagens de espíritos desencarnados, que doaram seus órgãos (em
especial a córnea, cuja técnica já é dominada há mais tempo) relatam as
pequenas repercussões que tiveram (como em qualquer cirurgia), bem como o amplo
amparo dos amigos espirituais, além de sentirem, no mais além, as vibrações de
agradecimento por parte do receptor e da família do mesmo. Regra geral, o
espírito desencarnado não sentirá dor, no sentido físico, pois a maioria estará
em uma espécie de "sono" nos momentos seguintes à morte/desencarnação. A exceção são aqueles que tinham muito apego ao corpo
físico, às coisas do mundo, e que realmente acompanham, através de sensações
desagradáveis, o processo de desligamento.
Transplantes de Orgãos
De início, consideramos que a medicina terrena é bênção divina,
acompanhada de perto por Espíritos de elevada caridade e competência, os quais,
sob orientação direta do Mestre Jesus, fazem aportar no planeta Terra, no tempo
certo, benesses balsâmicas no trato das doenças, propiciando cura delas ou
alívio da dor que causam.
Os transplantes constituem uma benesse sublime. Salvam vidas. Aliviam dores.
Sabemos nós, os espíritas, que cada ser humano tem todo um acervo de
realizações positivas e negativas ao longo de inúmeras existências terrenas,
daí advindo a inexistência de patamares espirituais semelhantes. Por isso
mesmo, sendo diferentes as vibrações energéticas perispirituais do doador e do
receptor, o órgão a ser transplantado não encontrará sintonia vibracional no
destino. Daí advém a rejeição orgânica, que na verdade espelha diferença nos
complexos sistemas vitais de um e de outro, regulando o equilíbrio nos
interplanos – material e espiritual.
Assim como ocorre nas cirurgias de modo geral, existem equipes espirituais
atuando nos procedimentos de transplantes, realizando a adaptação e assimilação
dos fluídos do doador pelo receptor. O órgão transplantado se
"ajusta" ao corpo físico do receptor. A medicina também tem seu
avanço nas drogas e procedimentos que permitem altos níveis de sucesso.
Pessoa alguma há que, após passar por um transplante, continue a mesma. O
mérito de ganhar mais um tempo na caminhada material pode ser o resgate de
grandes provas.
Daí, a auto-reforma.
A Lei Divina de Ação e Reação, de ação automática e permanente, muito
beneficiará o doador, além do que o beneficiado (e seu Anjo Guardião), seus parentes,
amigos e a própria equipe médica envolvida, estarão todos direcionando a ele,
doador, vibrações positivas, em preces de gratidão. Para o doador desencarnado isso é bênção incomparável.
NOTA
Obviamente, não doar órgãos é um direito pleno de cada indivíduo. E jamais
o não-doador poderá ser acusado de egoísmo ou de falta de amor para com seu
próximo, pois como foi dito anteriormente não há patamares de elevação
espiritual semelhantes, e cada um poderá fazê-lo a seu tempo, quando o
entendimento assim o permitir.
Mas, verdade seja dita, quem doa demonstra vivenciar louvável
posicionamento em estágio moral que só benefícios espirituais hão de lhe ser
dispensados. O não-doador – e somente ele – poderá responder à auto-pergunta: –
E se um dia eu precisar de um transplante?
Os transplantes, ligados intimamente que estão ao ato supremo das doações,
surgiram como que para testar nossas virtudes de solidariedade humana, nosso
altruísmo, nossa generosidade, nossa piedade, nossa compaixão, nossa
filantropia, nossa benevolência, nossa bondade, nosso amor ao próximo, nosso
espírito humanitário, nossa indulgência, nossa excelência moral, nossa grandeza
de alma, nossa misericórdia, nosso espírito de socorro, amparo e auxílio e,
sobretudo, a virtude mais decantada nos Evangelhos: o amor e a caridade”
Bibliografia
Doação de Órgãos e Transplantes de Eurípedes Kühl
http://www.newsweek.com/id/178873
Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo – CVDEE.ORG. BR
Panorama Espírita – panoramaespirita.com. br
http://www.newsweek.com/id/178873
Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo – CVDEE.ORG. BR
Panorama Espírita – panoramaespirita.com. br
Fonte:
www.detroitsp.com
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